quarta-feira, 22 de junho de 2011

Jornalismo ou Sensacionalismo?

O jornalista tem um papel imprescindível numa sociedade. Pode toldar a visão de todo um público, pode trazer à luz da praça as notícias que realmente importam ou fazem a diferença, pode direccionar o foco da atenção do público para este ou aquele acontecimento.
Por todas estas razões, considero que os jornalistas (juntamente com os professores - mas isso fica para um outro texto -) são das pessoas mais poderosas duma sociedade. São pessoas capazes da definição de opiniões, pensamentos e, até mesmo, acções.
A função do jornalista é reunir a informação e transmitir a mesma às pessoas. No meio de tanta informação, na era da comunicação instantânea em que vivemos, não é fácil dividir o que é importante do que é acessório. Cabe ao jornalista fazer essa distinção e transmitir os factos que importam ao público, ou cabe às pessoas distinguirem o que interessa no meio de tanta informação?
Um dos grandes problemas da sociedade é aceitarem, quase de forma leviana, o que lhes é dito pelos media. Não pesquisam, não indagam, não verificam a veracidade do que lhes aparece ou perscrutam diversas fontes para cruzar informação. Talvez seja devido ao ritmo frenético ao qual se desenrola a existência actual.
Ora, partindo então do pressuposto de que a maioria das pessoas não investiga a informação que lhe é transmitida e tendo em consideração o impacto que as informações têm na vida das pessoas, conclui-se que o jornalista é um agente fundamental para que a verdade chegue ao público.
Era eu míuda e já uns desenhos animados de batalhas galácticas (cujo nome – estranhamente – não me recordo) tinham como slogan “Information is munition” e, de facto, esta máxima não podia ser mais verdadeira. A informação é um dos meios de poder mais fortes.
Se o jornalista tem um papel assim tão vitalício na partilha de informação, como se pode garantir que o mesmo não é subjugado aos poderes vigentes ou até mesmo à sua própria opinião?
Se, numa sociedade consumista, somos todos cada vez mais e mais escravos do dinheiro, como se pode assegurar que a notícia são os factos e não meras fabricações que vendem?

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