quinta-feira, 28 de abril de 2011

Diário de Bordo: Rare Thing




I was nineteen when I came to town
They called it the Summer of Love
They were burning babies, burning flags
The hawks against the doves
I took a job in the steamie
Down on Cauldrum Street
And I fell in love with a laundry girl
Who was working next to me

Oh she was a rare thing, fine as a bee's wing
So fine a breath of wind might blow her away
She was a lost child, oh she was running wild
She said "As long as there's no price on love, I'll stay
And you wouldn't want me any other way"

Brown hair zig-zag around her face
And a look of half-surprise
Like a fox caught in the headlights
There was animal in her eyes
She said "Young man, oh can't you see
I'm not the factory kind
If you don't take me out of here
I'll surely lose my mind"

...So fine that I might crush her where she lay...

We busked around the market towns
And picked fruit down in Kent
And we could tinker lamps and pots and knives
Wherever we went
And I said that we might settle down
Get a few acres dug
Fire burning in the hearth
And babies on the rug

She said "Oh man, you foolish man
It surely sounds like hell.
You might be lord of half the world
You'll not own me as well"

...So fine a breath of wind might blow her away...

We was camping down the Gower one time
The work was pretty good
She thought we shouldn't wait for the frost
And I thought maybe we should
We was drinking more in those days
And tempers reached a pitch
And like a fool I let her run
With the rambling itch

Oh the last I heard she's sleeping rough
Back on the Derby beat
White Horse in her hip pocket
And a wolfhound at her feet
And they say she even married once
A man named Romany Brown
But even a gypsy caravan
Was too much settling down

And they say her flower is faded now
Hard weather and hard booze
But maybe that's just the price you pay
For the chains you refuse

Oh she was a rare thing, fine as a bee's wing
And I miss her more than ever words could say
If I could just taste all of her wildness now
If I could hold her in my arms today
Well I wouldn't want her any other way

terça-feira, 26 de abril de 2011

Waiting For The Sun



Wintertime winds blow cold the season
Fallen in love, I'm hopin' to be
Wind is so cold, is that the reason?
Keeping you warm, your hands touching me

Come with me dance, my dear
Winter's so cold this year
You are so warm
My wintertime love to be

Winter time winds blew and freezin'
Comin' from northern storms in the sea
Love has been lost, is that the reason?
Trying so desperately to be free

Come with me dance, my dear
Winter's so cold this year
And you are so warm
My wintertime love to be

La, la, la, la

Come with me dance, my dear
Winter's so cold this year
You are so warm
My wintertime love to be

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Aquele Cantinho à Beira-Mar ou Vamos Construir um Castelo?


Neste dia especial, não posso deixar de falar daquele cantinho à beira-mar, que muitos apelidam de paraíso.
A nossa pátria alberga as mais belas e variadas paisagens, desde as praias que se estendem ao longo de toda a costa, passando pelas apetecíveis ondas que fazem parte da Reserva Mundial do Surf, ou pelas redentoras planícies do Alentejo, ou pelas artísticas paisagens do Douro, ou pelos encantos naturais das ilhas, ou pelos mistérios de Sintra, ou pelas luzes de Lisboa, ou pelos fados de Coimbra, ou pelos castelos do Minho, ou pelas aldeias das serras das Beiras, ou pela autenticidade do Porto até aos deliciosos petiscos que se fazem de norte a sul ou no meio do Atlântico (francesinhas, vinhos, pães de trigo, centeio ou milho, migas, broa, postas à mirandesa, sardinhadas, feijoadas, cozidos à portuguesa).
Não posso deixar de partilhar uma exposição que gostava muito de ver:
http://expodarwin.up.pt/
Ou espaços que quero (re)descobrir:
http://fugas.publico.pt/Viagens/283068_porto-em-cinco-andamentos-uma-proposta-de-roteiro-pela-invicta
Para além dos mais belos recantos, continuamos a ser -séculos depois da nossa época dourada - pioneiros em diversas frentes. A nossa pátria alberga alguns dos mais avançados sistemas tecnológicos, nomeadamente os sistemas de multibanco que permitem uma enorme variedade de movimentações de forma rápida e simples (só se valoriza quando se tem de passar uma manhã inteira numa fila enorme para pagar uma conta), talentosos profissionais nas mais diversas áreas (muitos deles mundialmente reconhecidos), entidades de ensino prestigiadas, reconhecidas internacionalmente, e empresas de liderança nalguns sectores.
Não posso deixar de acreditar que um país com tantas maravilhas terá um radioso futuro pela frente.
Apesar das águas negras que o assombram, em breve navegará até bom porto.
Para uma navegação segura e eficaz teremos de remar com convicção e força, por isso não deixem de votar no próximo dia 5 de Junho. Até lá, poderão analisar as propostas dos diferentes Partidos no site de cada um deles. Ainda há tempo para reflectir com calma. Pensar. Decidir. E votar de acordo com aquilo em que acreditam e não porque este ou aquele é bem falante ou porque este ou aquele é o que tem mais votos ou porque este ou aquele é o partido de nascença. Os partidos não são clubes de futebol, dos quais não se muda até morrer. Os partidos são constituídos por pessoas e por medidas efectivas que se pretendem implementar na tomada de posse. Leiam o que cada partido propõe e votem de acordo com a proposta que considerarem melhor, aliada às pessoas que considerarem mais capazes (ou pelo menos mais determinadas e verdadeiras) na tentativa de pôr a proposta em prática e de gerirem a conturbada tempestade que nos assola. Esta é a nossa chance de mostrarmos que estamos aqui, que queremos fazer parte das decisões que afectam a nossa vida, que queremos fazer parte das negociações que decorrem. É a chance de voltarmos a acreditar num futuro limpo, rumo a um mundo novo, feito por nós, à nossa medida. O voto é a nossa linha de poder: querer é poder.

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
Mas não esqueço de que minha vida
É a maior empresa do mundo…
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
Apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
Se tornar um autor da própria história…
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
Um oásis no recôndito da sua alma…
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “Não”!!!
É ter segurança para receber uma crítica,
Mesmo que injusta…

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo…"

Fernando Pessoa

Um ano de Chinela no Pé

Estamos a ficar crescidos...

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Diário de Bordo: O GRANDE ACONTECIMENTO

Após mais de 90 dias sem ir a um cinema, eis que chega o tão ansiado dia.
Reabrem o cinema após pequenas obras e exibem um filme que ainda não tinha visto.
O filme: Os Agentes Do Destino, uma interessante alegoria sobre as escolhas que fazemos (ou achamos que fazemos), que me recorda uma passagem de Rio das Flores de Sousa Tavares:
«Há decisões que se tomam e que se lamentam a vida toda e há decisões que se amarga o resto da vida não ter tomado. E há ainda ocasiões em que uma decisão menor, quase banal, acaba por se transformar, por força do destino, numa decisão imensa, que não se buscava mas que vem ter connosco, mudando para sempre os dias que se imaginava ter pela frente.»
A força que as nossas próprias escolhas têm na nossa vida é aterradora. Mesmo pequenas decisões diárias podem fazer uma diferença maior do que imaginamos.


Já Hitchock dizia "O cinema é a vida sem as partes chatas." e talvez seja essa a grande razão do seu magnetismo: testemunhar os melhores momentos da vida.

Ir ao cinema é sempre (e ontem foi particularmente) uma agradável viagem.


E, eis que volto ao mundo mágico do cinema, com um enorme sorriso nos lábios e uma alegria imensa no olhar.


tchan

tchan

tchan

tchan


quinta-feira, 21 de abril de 2011

Diário de Bordo: Tiques

Todos temos tiques. - Há aliás uma passagem em Casino Royale, na qual Bond refere a inevitabilidade dos tiques. - Pequenos hábitos ou manias que se criaram e se foram enraizando nas nossas vidas. Ora morder o lábio ou roer as unhas. Ora entrelaçar o cabelo ou coçar o queixo.
É interessante porque quando se convive durante muito tempo com as mesmas pessoas sabe-se exactamente quais os seus hábitos e tiques.
Recordo-me perfeitamente de todos os tiques do meu pai e sei que herdei um ou dois.
Hoje reparei como já sei o que algumas pessoas com quem convivo bastante vão fazer ou dizer. (Um tique também pode ser uma expressão oral.) É engraçado quase prever o que vem a seguir.
Um interessante exercício no qual participei com um determinado grupo de convívio, foi imitar as expressões ou tiques que caracterizavam cada pessoa até que as restantes se apercebessem de quem se tratava.
Curiosamente, por vezes nem a própria pessoa se reconhecia nos seus gestos ou expressões.
É algo que faz tão parte de nós, está tão intrínseco, que se torna difícil reconhece-lo quando o vemos representado.
São estas pequenas coisas que captamos num convívio prolongado que nos fazem gostar cada vez mais de alguém ou ficar cada vez mais irritados com as pessoas com quem convivemos.
É como se aquela pequena parte mais do que ser uma extensão de alguém, se tornasse esse alguém.

Diário de Bordo: Recordações de Casa da Avó

"Dream as if you'll live forever, live as if you'll die today."

http://www.ferramentasdemarketing.com/networking/better-done-than-perfect/

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Rio



Depois de A Idade do Gelo, Carlos Saldanha traz-nos este delicioso Rio.
Com as vozes de Jesse Eisenberg (o recente mark Zuckerberg de Fincher), Anne Hathaway, Will.I.Am, Jamie Foxx e Rodrigo Santoro, com a cidade maravilhosa como pano de fundo, trazem-nos uma adorável história, que embora caindo um pouco nalguns clichés, não deixa de ser um encanto.
É importante referir que Carlos Saldanha é natural do Rio de Janeiro e por essa razão este filme é particularmente especial. É a forma de mostrar ao mundo a cidade que tem o cenário mais deslumbrante do mundo.
Rio acompanha a história de duas araras, provenientes de meios bem diferentes.
Uma delícia de filme para miúdos e graúdos com um enorme balde de pipocas ou uma gigantesca taça de gelado.

terça-feira, 19 de abril de 2011

The Royal Wedding: Funny Version

Diário de Bordo: Pensamento do Dia

"It is only necessary to have courage, for strength without self-confidence is useless."
Giacomo Casanova

"Só sei que nada sei"

Onde está? Onde está a linha que separa a opinião da condenação? Onde está a linha que separa o pensar do julgar? Onde está?
Estará nas palavras, nos actos, nos pensamentos? Estará na delicadeza, no tacto ou na maneira de falar? Estará no que os outros ouvem ou no que nós dizemos?
E como se magoa alguém com uma afirmação inocente?
Não é fácil de explicar por palavras coisas que se sentem. Pode ser o tom de voz ou as palavras erradas, mas algo nos fez sentir de determinada maneira.
A maior parte das vezes a pessoa que fala nem tem consciência do efeito das suas palavras.
Será, de facto, melhor guardar o que realmente pensamos para nós ou poderemos debater com alguém próximo o que pensamos e o que sentimos?
Valerá a pena debater o que se sente? Porque não o guardamos apenas para nós?
Valerá a pena debater o que se pensa? Pode levar a conversas interessantes e à abertura da mente sobre um determinado assunto. É como uma viagem á opinião alheia, após a qual se abrem novos ponto de vista na nossa mente, ou se encontram novos argumentos para os nossos.
Talvez seja importante escolher as pessoas com quem escolhemos fazê-lo.
Partilhar sentimentos é algo muito pessoal. Neste momento, sou da opinião de que devemos evitar fazê-lo. Não vai mudar o que sentimos, a maior parte das vezes não nos vai fazer sentir melhor, nem trazer uma nova luz sobre o tema. É algo muito pessoal que experienciamos apenas connosco próprios. E é difícil de explicar por palavras essa experiência pessoal (foi para isso que se inventou a poesia), por isso o mais provável é que ao tentar explicá-lo algo se perca pelo caminho e o receptor (mesmo sendo o nosso cúmplice e melhor amigo de anos) apenas receba uma parte, algo que estará sempre toldado pela sua própria visão (porque tudo o que vemos está toldado pela nossa própria visão).
Partilhar pensamentos é diferente. Pode e, quem sabe até mesmo, deve ser feito, pois é no diálogo, sobretudo na oposição que nascem grandes ideias e que acontece a evolução. A evolução das pessoas e das ideias. E, é aqui, que é necessário encontrar a linha, para não passar de partilha e debate de ideias ao campo dos sentimentos. É um exercício desafiante conseguir encontrar a linha e mantê-la no lugar. Penso que com a experiência e a maturidade isso acabe por chegar, naturalmente. O dom de discutir um assunto amigavelmente, reconhecendo que podem existir pontos de vista tão díspares e opostos como quantas pessoas existem no mundo.
As grandes amizades são sempre simultaneamente cúmplices e de opiniões, nem sempre concordantes, vincadas e respeitosamente debatidas até à exaustão.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

The Social Network

Não é segredo nenhum que David Fincher é um dos melhores realizadores actuais. Autor de obras-primas como Seven, The Game ou Fight Club, traz-nos desta vez uma película sobre um dos maiores acontecimentos dos últimos anos: The Facebook.
O fenómeno facebook foi um dos maiores de todos os tempos.
O filme acompanha o processo judicial que ocorreu entre as partes envolvidas na criação do site, bem como o processo de criação propriamente dito. Leva-nos a um universo de pessoas que embora pareça doutra galáxia, não está assim tão diferente de nós próprios como o veremos ao longo do filme.
Todos os ingredientes duma tragédia estão lá: rejeição, amor, necessidade de aceitação, amizade, admiração, traição, rivalidade, confrontação.
The Social Network mostra-nos que, não negando que o facebook ou qualquer outra rede social semelhante, possam ser úteis são também uma viciante espiral de bisbilhotice e ostentação, um mundo onde o virtual passa a ser tão ou mais importante do que o real, onde o virtual quase que define quem somos e se existimos ou não. Mostra-nos também que o fenómeno não poderia ter nascido de forma mais fútil e simultaneamente genial, com diversos interesses e interesseiros à mistura. Há que dar mérito aos que acreditaram na bomba muito antes de ela estourar e simultaneamente reconhecer a ausência de clareza e frontalidade que adornaram todo o nascimento desta rede social.
O ritmo do filme é adequado à história e as irónicas tiradas de humor são cortantes. Para além do brilhante casting e do impecável argumento, a selecção feita para a banda-sonora que acompanha as imagens é notória.
Mais uma película imperdível desse grande mestre do cinema, que nos questiona onde está a invisível fronteira entre quem realmente somos e quem aparentamos ser.

Diário de Bordo

Diário de Bordo: à medida que o calor começa a apertar, elas começam a aparecer

sábado, 16 de abril de 2011

Diário de Bordo: Onde Matamos Saudades da Comida da Mamã


E onde se comem as melhores francesinhas da Praia...

Universalizar as Tomadas


Há vários tipos de tomadas espalhadas pelo mundo, sendo que as mesmas se inserem numa de duas redes: de 110 a 120V ou de 220 a 240V. As tomadas em si não são duma ou doutra rede, mas estão sim ligadas a um ou outro tipo de rede.
Começando pelo início da magia da electricidade:
As primeiras experiências de Edison com Corrente Contínua no final do séc. XIX demonstraram o grande potencial da electricidade. No entanto, havia a desvantagem de perda de corrente para grandes distâncias de transporte de energia. Foi Tesla que inventou um método alternativo de transmissão a longas distâncias através da utilização de Corrente Alternada.
Tesla utilizava 110V para o seu sistema e manteve a utilização desse valor, pelo que pelos Estados Unidos utilizava-se e utiliza-se essa tensão.
Quando as pessoas se começaram a aperceber que a corrente de 240V poderia não ser má ideia estavam nos anos 50 e a mudança de todas as tomadas já instaladas estava fora de questão.
(Os 240V são mais perigosos do que os 110V, mas a corrente é menor, o que significa que há uma diferença considerável em grandes sistemas no que concerne a cablagem.)
Westinghouse Electric, a primeira empresa norte-americana a comprar a patente de Tesla para transmissão de energia, utilizava os 110V com uma frequência de 60Hz.
Na Europa, mais concretamente na Alemanha, a companhia BEW estabeleceu uma frequência de 50Hz e subiu a tensão para os 240V, começando também esses valores a ser aplicados ao resto do continente.
Durante várias décadas os aparelhos eléctricos tinham de ser ligados directamente à instalação eléctrica dos edifícios.
Harvey Hubbell criou um sistema que permitia a separação entre a instalação eléctrica e o aparelho, ou seja, criou a primeira tomada, com o intuito de que a energia eléctrica nos edifícios pudesse ser utilizadas por qualquer pessoa, sem ser necessário qualquer tipo de conhecimento da arte eléctrica.
Mais tarde adaptou o design original para algo muito semelhante às tomadas de duas cavidades.
Philip Labre refinou essa tomada para um de três cavidades, sendo uma delas a terra de protecção. Esta sofreu pequenas alterações ao longo dos anos, mas trata-se, no fundo, da que é utilizada actualmente nos Estados Unidos da América.
Existem assim pelo menos os dois tipos principais de tomadas: 110-120V tomada achatada e 220-250V tomada redonda, sendo que cada país adopta a que considera mais adequada.
Esperemos que no futuro se caminhe para uma método de carregamento universal, uma vez que com a cada vez maior facilidade de deslocação é imperativo que se consiga chegar a uma solução.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Diário de Bordo: A Minha Almofada

De todas os objectos que ficam para trás quando se viaja, aquele do qual mais se sente falta é a nossa almofada. Porque por muitas que nos passem pelas orelhas ou pela nuca ou pela cara, aquela é a nossa almofada. Aquela onde adormecemos tantas e tantas noites, onde acordámos babados tantos e tantos dias, onde repousámos apenas só mais um momento tantas e tantas manhãs. Conheço quem não deixe este precioso artigo para trás.
Talvez seja um exagero: não sei! Mas realmente quando se passa tanto tempo fora, a almofada é daquelas coisas que fazem falta.
As outras por muito boas que sejam, nunca são a nossa.
Acho que só nos apercebemos disso algum tempo depois quando o pescoço dói ou acordamos estremunhados a meio da noite mudando infinitamente de posição ou quando despertamos de manhã com aquela sensação de cansaço.
Tal como a rosa do “Principezinho” de Saint Exupery, aquela almofada é preciosa por ser a nossa, por ser aquela que tantas vezes regámos ou tratámos.
Porque ela é a minha almofada: a minha regeneradora almofada.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Rabelados

Nos anos 40 do século passado, a Igreja Católica enviou para Cabo Verde Padres para substituir os párocos locais. Tentaram introduzir alterações na celebração das missas e nos costumes religiosos, sobretudo no método de ensino da religião.
Algumas pessoas rebelaram-se contra as alterações, passando a ser conhecidos em crioulo como Rabelados.
Os Rabelados exerciam sem segredo as antigas tradições e aquilo em que acreditavam, tendo por essa razão sido perseguidos e ridicularizados pela sociedade. Alguns chegaram a ser detidos.
Obrigados a fugir e agruparem-se para sobreviver, os Rabelados procuraram abrigo nas zonas montanhosas e de difícil acesso, nomeadamente no interior da ilha de Santiago no Tarrafal e em Santa Cruz. Preservam assim, ainda hoje, a cultura e fé.
A maior comunidade vive em Espinho Branco.
Dedicam-se principalmente à agricultura, à pesca e ao artesanato. A comunidade é composta por cerca de 2000 pessoas.
Existe também um movimento artístico, designado Rabelarte, composto por trabalhos coloridos, desde pintura a escultura, que exprimem o quotidiano, a cultura e a fé da comunidade. Estes trabalhos são essencialmente elaborados pelos jovens da comunidade, bem como pelo seu líder, o afável Tchetcho.
Vivem em casas de sisal e madeira, perfeitamente organizadas e asseadas.
Pessoas com uma enorme educação e civismo, acolhem quem os visita com um sorriso largo e um olhar sincero.





Desterro

Vergonhoso símbolo de opressão e tirania, onde pessoas com ideais e fé morreram ou sobreviveram em precárias condições, a todos um OBRIGADA eterno pois pior do que um opressor, é quem encolhe os ombros e desvia o olhar.








Take My Breath Away

Este grande acontecimento cinematográfico tem de ser partilhado (acho que deviam repor mais filmes, nomeadamente clássicos, por todo o mundo), por isso passo a transcrever a notícia que saiu em http://ipsilon.publico.pt/cinema/texto.aspx?id=282037,
(não sendo um clássico, marcou toda uma geração (ou seja, é um clássico à sua maneira)):



Tom Cruise e Kelly McGillis vão voltar ao grande ecrã
DR
Nos cinemas AMC

“Top Gun - Ases Indomáveis” volta aos cinemas americanos 25 anos depois

08.04.2011 - PÚBLICO
diminuiraumentar


Cinemas AMC e Paramount comemoram o 25º aniversário do filme

O piloto de caça da Marinha, Maverick, vai voltar ao grande ecrã, 25 anos depois da sua estreia. A cadeia norte-americana de cinemas AMC celebra o 25º aniversário de "Top Gun - Ases Indomáveis" reeditando uma versão melhorada no cinema.

O filme protagonizado por Tom Cruise e realizado por Tony Scott vai estar disponível em cerca de 150 cinemas nos Estados Unidos e os fãs apenas vão ter dois dias, 30 de Abril e 2 de Maio, para poderem ver o filme que marcou a década de 80.

"A Paramount está muito entusiasmada por ter feito esta parceria com a AMC. É uma oportunidade única poder celebrar o regresso de um filme icónico ao grande ecrã com uma apresentação digital impressionante", disse num comunicado Jerry Pokorski vice-presidente da Paramount Motion Picture Distribution.

A todas as pessoas que forem ver o filme, uma versão melhorada em termos de qualidade de imagem, na compra do bilhete de cinema, têm ainda direito a um poster comemorativo do aniversário e ainda a uma cópia de "Top Gun - Ases Indomáveis" em Blue-ray, com material adicional da rodagem.

No final do ano passado, surgiram rumores de que "Top Gun - Ases Indomáveis" poderia ter uma sequela. Na altura, segundo a Reuters, a Paramount Pictures fez ofertas ao produtor e realizador do filme original, Jerry Bruckheimer e Tony Scott. Christopher McQuarrie, que venceu o Óscar de Melhor Argumento com "Os Suspeitos do Costume", estaria também a ser equacionado para escrever o argumento.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Hope

Agora sim: há alguns meses deixei um post sobre esta obra-prima, hoje deixo as melhores cenas do filme:

(Quem nunca viu The Shawshank Redemption, abstenha-se de ver estas imagens, sob pena de ficar com essa experiência estragada)



e

http://www.youtube.com/watch?v=hWUfFwoe8ko

Diário de Bordo

"O que nós vemos das coisas são as coisas.
Porque veríamos nós uma coisa se houvesse outra?
Porque é que ver e ouvir seria iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?

O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê,
Nem ver quando se pensa.

Mas isso (triste de nós que trazemos a alma vestida!),
Isso exige um estudo profundo,
Uma aprendizagem de desaprender
E uma sequestração na liberdade daquele convento
De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas
E as flores as penitentes convictas de um só dia,
Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas
Nem as flores senão flores,
Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores."

Alberto Caeiro

Diário de Bordo

Algumas desvantagens de morar num apartamento...

Se a óbvia falta de espaço e de luz não for uma das desvantagens (há apartamentos extremamente solarengos e espaçosos ), então temos o seguinte:
- Tocarem constantemente na campainha errada, ou seja, na tua. Obrigarem-te a levantares-te de cada vez que tocam á porta e quando decides ignorar é, finalmente, alguém que de facto queria tocar na tua campainha.
- O mecanismo centralizado para abertura de porta poder avariar, o que te obriga a descer para abrir a porta do prédio, de cada vez que recebes alguém.
- Os adoráveis barulhos dos vizinhos de cima ou, no caso de haver um pátio interior, de todos os vizinhos do teu prédio.
- A probabilidade de confundirem a tua campainha de porta com o interruptor da luz ser bastante elevada.

Os Hits do Momento





quinta-feira, 7 de abril de 2011

Desobediência Civil

“Desobediência Civil” de Henry David Thoreau, entre outras coisas influenciou o pensamento político e as acções de Tolstoi, Gandhi e Luther King:

“O Estado nunca confronta intencionalmente o sentimento intelectual ou moral de um homem, mas apenas o seu corpo, os seus sentidos. Ele não é dotado de génio superior ou de honestidade, apenas de mais força física. Eu não nasci para ser coagido. Quero respirar da forma que eu mesmo escolher.”
“No meu modo de ver quando sementes de carvalho e de castanheira caem lado a lado, uma delas não se retrai para dar vez à outra; pelo contrário, cada uma segue as suas próprias leis, e brotam, crescem e florescem da melhor maneira possível, até que uma por acaso acaba superando e destruindo a outra. Se uma planta não pode viver de acordo com a sua natureza, então ela morre; o mesmo acontece com um homem.”
“Vi com clareza ainda maior o Estado que habitava. Vi até que ponto podia confiar nos meus conterrâneos como bons vizinhos e amigos; e percebi que a sua amizade era apenas para os momentos de tranquilidade; senti que eles não têm grandes intenções de proceder correctamente; descobri que, tal como os chineses e malaios, eles formam uma raça diferente da minha, por causa dos seus preconceitos e superstições; constatei que eles não arriscam a si mesmos ou a sua propriedade nos seus actos de sacrifício pela humanidade; vi que, no fim das contas, eles não são tão nobres a ponto de conseguir tratar o ladrão de forma diferente do que este os trata; e que só querem salvar as suas almas, através de acções de efeito, de algumas orações e da eventual observação dos limites particularmente estreitos e inúteis de um caminho de rectidão. É possível que esteja proferindo um julgamento duro sobre os meus vizinhos, pois acredito que a maioria deles não sabe que existe na sua cidade uma instituição tal como a cadeia.”
“Mas se ponho a minha cabeça no fogo de propósito não há apelo possível a ser feito ao fogo ou ao Criador do fogo, e sou o único culpado pelas consequências. Se eu conseguisse convencer-me de que tenho algum direito a me sentir satisfeito com os homens tal como eles são, e a tratá-los de acordo com isso e não parcialmente de acordo com as minhas exigências e expectativas de como eles e eu mesmo deveríamos ser, então, como bom muçulmano e fatalista, eu teria que me esforçar para ser feliz com as coisas como elas são e proclamar que tudo se passa segundo a vontade de Deus.
E, acima de tudo, há uma diferença entre resistir a essa força e a uma outra puramente bruta ou natural: a diferença é que posso resistir a ela com alguma efectividade. Não posso esperar mudar a natureza das pedras, das árvores e dos animais, tal como Orfeu.”
“Sei que a maioria dos homens pensa de maneira diferente de mim; mas não estou nem um pouco mais satisfeito com os homens que se dedicam profissionalmente a estudar estas questões e outras parecidas. Pelo facto de se colocarem tão integralmente dentro da instituição, os homens de Estado e os legisladores nunca conseguem encará-la nua e cruamente. Eles gostam de falar sobre mudanças na sociedade, mas não têm um ponto de apoio situado fora dela. Pode ser que haja entre eles homens de certa experiência e critério e evidentemente capazes de criar sistemas engenhosos e até úteis, pelos quais lhes devemos gratidão; mas todo o seu génio e toda a sua utilidade não ultrapassam certos limites relativamente estreitos. Eles tendem a esquecer que o mundo não é governado através de decisões e conveniências.”
“Ainda não surgiu um homem dotado de génio para legislar no nosso país. Homens assim são raros na história mundial. Oradores, políticos e homens eloquentes existem aos milhares; mas ainda estamos por ouvir a voz do orador capaz de solucionar as complexas questões do dia-a-dia. Amamos a eloquência pelos seus méritos próprios, e não pela sua capacidade de pronunciar uma verdade qualquer, nem pela possibilidade de inspirar algum heroísmo. Os nossos legisladores ainda não aprenderam a distinguir o valor relativo do livre-comércio frente à liberdade, à união e à rectidão. Eles não têm génio ou talento nem para as questões relativamente simplórias dos impostos, das finanças, do comércio e da indústria, da agricultura.”
“Será que a democracia tal como a conhecemos é o último aperfeiçoamento possível em termos de construir governos? Não será possível dar um passo a mais no sentido de reconhecer e organizar os direitos do homem? Nunca haverá um Estado realmente livre e esclarecido até que ele venha a reconhecer no indivíduo um poder maior e independente - do qual a organização política deriva o seu próprio poder e a sua própria autoridade - e até que o indivíduo venha a receber um tratamento correspondente. Fico imaginando, e com prazer, um Estado que possa enfim se dar ao luxo de ser justo com todos os homens e de tratar o indivíduo respeitosamente, como um vizinho; imagino um Estado que sequer consideraria um perigo à sua tranquilidade a existência de alguns poucos homens que vivessem à parte dele, sem nele se intrometerem nem serem por ele abrangidos, e que desempenhassem todos os deveres de vizinhos e de seres humanos. Um Estado que produzisse esta espécie de fruto, e que estivesse disposto a deixá-lo cair logo que amadurecesse, abriria caminho para um Estado ainda mais perfeito e glorioso; já fiquei a imaginar um Estado desses, mas nunca o encontrei em qualquer lugar.”

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Despertares

Uma das melhores coisas do mundo é ver o dia chegar e ficar enroscado nos lençóis. Não há sensação melhor do que aqueles breves minutos em que os olhos já pressentem a claridade, mas o corpo teima em ficar inerte, afogando-se mais e mais na roupa de cama.
Esses minutos podem ser um pequeno pedaço de céu.
Essa delícia é inversamente proporcional às condições climatéricas. Quanto mais cinzento, frio e chuvoso for o dia lá fora, melhor sabem esses instantes em que o corpo se estende um pouco mais e a nuca se funde com a almofada.
Não é por isso de admirar que em pequenos paraísos solarengos o despertar não seja doloroso. É sempre mais fácil saltar da cama, quando um sol radioso e um dia limpo entram pela janela.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Diário de Bordo

Dizem que ao vivo é bem melhor:

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Diário de Bordo

Um dos melhores anúncios de sempre, directamente da minha infância para o chinela:

domingo, 3 de abril de 2011

Diário de Bordo

"Como a literatura, o amor e a dor, as viagens são uma bela ocasião de nos encontrarmos com nós próprios."
Marguerite Yourcenar

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Diário de Bordo


“The only way to deal with an unfree world is to become so absolutely free that your very existence is an act of rebellion.”
Albert Camus