domingo, 19 de junho de 2011

Diário de Bordo: Voos Entre Ilhas

Acho extraordinário que, num arquipélago, o preço dos voos entre ilhas seja exorbitante.

Antes de mais é necessário ter em consideração que eu venho dum local onde estou habituada às diversas low cost, com voos e promoções ao preço da chuva. Uma era que nos permite fazer um voo de três horas por apenas 10€.

De qualquer forma, parece-me incrível que num país constituído por ilhas, as pessoas tenham de pagar balúrdios para se deslocar, sendo que muitas são de outras ilhas e poder ir ver os familiares a casa exige um esforço hercúleo, quando se está simplesmente a uns meros cinco minutos de voo.

Vejamos: existem duas companhias aéreas. Nunca viajei com uma delas, pelo que não me sinto à vontade para falar sobre a mesma, embora vários testemunhos me assegurem que, normalmente é cumpridora de horários e tem os preços ligeiramente mais acessíveis (estamos a falar de diferenças de 5 a 10€, no geral). A outra companhia aérea, embora seja a mais divulgada, possui inúmeros e constantes atrasos, pelo simples facto de que a bagagem não possui uma alocação a cada passageiro, ou seja, se um passageiro se atrasa, todo o voo se atrasa à espera do dito cujo ou à procura da respectiva bagagem, para que a mesma fique em terra. Portanto, basicamente estes atrasos devem-se a uma laca noção de organização.

Independentemente do tipo de serviço prestado, ambas as companhias apresentam valores para voo que (em comparação com as promoções que estou habituada a ver noutras paragens) são bastante elevadas, sobretudo tendo em consideração o nível de vida da população e a distância entre as ilhas.

Julgo que quer a população do arquipélago quer uma companhia verdadeiramente low cost teriam a ganhar com a entrada no mercado. Note-se que falo sem o devido conhecimento do valor que é gasto em combustível por cada voo (independentemente do seu tempo de duração deve considerar-se a descolagem e aterragem – não sei até que ponto esses dois momentos são decisivos para as tarifas actualmente em vigor).

No entanto, tenho a certeza que se a tarifa fosse reduzida, haveria muito mais viajantes, nomeadamente cerca de 70% da população que possui origem numa ilha diversa à que se encontra.

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