domingo, 31 de outubro de 2010

Obrigada Tuna!

Como é que se explica a alguém que nunca aqui esteve o que é isto da tuna? Como é que se põe em palavras tudo aquilo que se vive em tuna?
Não é fácil. Provavelmente falharei na minha tentativa, mas mesmo assim vou tentar.
Quem já passou por uma tuna saberá – certamente - do que estou a falar.
Aquele nervoso miudinho, antes de entrar em palco - que aumenta exponencialmente, à medida que o momento se aproxima. Os dias passados a cantar no meio de gente de negro. As noites passadas em tradições, mais antigas do que nós próprios. Os alegres convívios por esse país fora, nos quais se fica a conhecer gente de todas as idades e os recantos mais lindos de Portugal. As digressões cheias de loucuras até ao amanhecer e histórias memoráveis, nas quais levamos um bocadinho do nosso cantinho, a todos aos nossos compatriotas lá fora, que tão bem nos recebem e a todos os que não nos conhecem, mas ficam com vontade de visitar.
Os nossos companheiros de tuna. Cada uma daquelas pessoas contribuiu um bocadinho para aquilo que somos hoje. Uns mais, outros menos, mas cada um à sua própria maneira, contribuiu para aquilo em que nos tornamos.
A tuna é uma lição de vida. Crescemos tanto, tanto, tanto! Tanto como não imaginávamos que seria possível.
Quando entramos, achamos que temos todo o tempo do mundo. Parece que ainda falta tanto. É como a faculdade. Cinco anos parece-nos um longo gigante a percorrer. E, sem darmos por isso, passaram cinco, seis, sete anos, como se de um piscar de olhos se tratasse. E, quando olhamos para trás, nem queremos acreditar naquilo que nos tornamos, naquilo que ganhámos ao longo de tanto tempo.
Essencialmente, o que fica, são as pessoas, todas e cada uma das pessoas que nos marcaram. Aquelas pessoas pelas quais vamos ter sempre imenso carinho, mesmo que não as tornemos a ver. E aquelas pessoas que já fazem parte da nossa vida, como se as conhecêssemos desde sempre.
Em tuna, convive-se em momentos alegres, em momentos adversos, em momentos descontraídos, em momentos disciplinados e é nesse conjunto de momentos e mistura de emoções que vamos verdadeiramente conhecendo quem nos rodeia e, acima de tudo, vamo-nos descobrindo a nós próprios.
Seria impossível descrever aqui tudo o que a tuna me deixou. Tudo o que a tuna me faz sentir.
Fica apenas a certeza que tudo o que vivemos em tuna fica para sempre tatuado em nós.
Tudo o que vivemos em tuna é parte indelével do nosso ser e esses foram talvez os momentos mais importantes na nossa formação como seres humanos.
Entrar em tuna foi, sem dúvida, a decisão mais importante e enriquecedora que fizemos na faculdade e jamais conseguiremos agradecer por tanto que a tuna nos dá.
“Uma vez tuno, sempre tuno!”

"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas ilusões de que tudo podia ser meu para sempre." Miguel Sousa Tavares

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Mad Men

A vida numa agência de publicidade, durante uma época (aparentemente) muito longínqua da nossa.
As pessoas vestiam-se impecavelmente, sendo a indumentária masculina e feminina marcadamente distintas, as mentalidades começavam a mudar – devagar, muito devagar – à medida que um mundo de possibilidades parecia abrir-se gradualmente (e à custa de muito esforço) para o universo feminino.
Nunca uma série retratou tão bem a abismal diferença entre sexos e a conquista de poder por parte duma minoria.
As mudanças que se verificaram em cerca de meio século são abismais, tal como as semelhanças entre o agora e o antes. É extraordinário como o mundo parece mudar tanto e (ao mesmo tempo) manter-se na mesma. Os principais pontos abordados são uma realidade.
A simultânea necessidade de presença e afastamento dos outros, a necessidade de estar só para colmatar a solidão crescente nas actividades sociais, o vazio que assola quando se alcançam as tão esperadas metas, a inquietude duma sociedade de aparências e os segredos que cada um de nós transporta. Está tudo lá!
Uma série brilhante, com um óptimo elenco e uma época impecavelmente reproduzida.
It’s toasted!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Reiki

Trata-se duma terapia baseada na canalização da energia universal (Rei) através da imposição de mãos, com o objectivo de conseguir restabelecer o equilíbrio energético vital (Ki) do corpo que recebe o tratamento.
Ao restabelecer o equilíbrio energético é restaurado o equilíbrio emocional, físico ou espiritual, promovendo a saúde e o bem-estar.
Balelas! – Pensarão. – Também eu pensava, até experimentar.
Nunca, após uma sessão de massagens ou actividades de bem-estar, saí com uma tranquilidade tão enorme como após esta experiência.
A prática de Reiki tem origem em práticas budistas redescobertas no Japão, no inicio do século XX, havendo algumas vertentes distintas.
O sistema tradicional defende que a energia Reiki sente a necessidade o paciente, direccionando-se para os locais que a necessitam. No entanto, visto que o ser humano possui livre arbítrio, apenas de si próprio depende o efeito do tratamento, isto é, caso o paciente não esteja predisposto para receber a energia, esta não fluirá.
Normalmente, o Reikiano solicita ao paciente que se deite, impondo as mãos sobre o corpo inerte. O Reikiano actua como um canal para a energia Reiki através das mãos, sendo o paciente o receptor. As mãos pressionam os diferentes chakras, estimulando a circulação da energia.
Chakras (palavra que vem do sânscrito, significando roda, disco, centro ou plexo) são os canais dentro do corpo por onde flui a energia vital (prana), nutrindo órgãos e sistemas. Existem vários circuitos por onde viaja a energia. Os chakras representam os pontos onde esses circuitos energéticos se cruzam com a superfície do corpo.
Existem setes chakras: Chakra Raíz localizado na base da espinha, Chakra do Sacro localizado abaixo do umbigo, Chakra do Umbigo localizado na zona da barriga, Chakra Cardíaco localizado no coração, Chakra Laríngeo localizado na garganta, Chakra Frontal localizado na testa entre as sobrancelhas e Chakra Coroa localizado no topo da cabeça.
Há quem relate várias sensações: frio, calor, pressão, sonolência, vibrações. Posso garantir que senti uma paz total acompanhada de alguma sonolência e sensação de pressão em determinados pontos. Estas sensações são atribuídas à chegada e recepção da energia Reiki.
Os princípios do Reiki tratam-se de Kotodama para os japoneses, ou seja, um conjunto de mantras repetidos de manhã e à noite com objectivo de captar energias positivas.
Os princípios são:
- Só por hoje
- Não se preocupar
- Não se aborrecer
- Honrar pais e mestres
- Trabalhar honestamente
- Ser gentil com todos os seres
Uma prática bastante interessante e com resultados comprovados.
Só por hoje: recomendo!

A Latinha Azul

Há pessoas que são viciadas em cremes. (Em tempos teria escrito “ há mulheres que são viciadas em cremes”, mas como Camões escreveu e bem: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” e mudam-se as prioridades. Por isso digo “as pessoas”).
Eu sou uma dessas pessoas. Adoro as texturas, os aromas, a maneira como deslizam na pele... É como se aquele frasquinho ou boião guardasse um pequeno pedacinho de paraíso.
Existem cremes de todos os tipos e para todos os efeitos.
Temos os imprescindíveis cremes de olhos, que deixam a zona ocular que nem veludo.
Temos o nosso grande amigo creme da cara, que pode ser variado consoante o tipo de pele, as necessidades da mesma e a época em que o aplicamos.
Temos o (muitas vezes esquecido) creme das mãos, que para além de hidratar a zona mais exposta e sofredora de todo o corpo, protege-a e regenera-a das agressões externas.
E temos os inestimáveis cremes do corpo, que se podem dividir em várias categorias e que prometem resolver várias maleitas. Dentro desta secção, temos os cremes de pés, cuja principal função é refrescar e hidratar de forma profunda o nosso suporte diário.
Um estudo científico recente comprovou que a maioria dos cremes de corpo específicos não apresentam qualquer tipo de resultado especial relativamente a um creme comum, ou seja, um creme de (por exemplo) estrias tem tanto efeito como aplicar um creme de hidratação comum na área em questão. Tal como um creme refirmante tem tanto efeito como um creme hidratante aplicado diariamente na zona específica. Este estudo comprova que muitos destes cremes não passam de gigantescas campanhas de marketing, que nos obrigam a sentir a necessidade de ter um creme específico para cada maleita.
O poder dos cremes é inegável. Uma pele em que é aplicado um bom creme diariamente é visivelmente diferente duma pele esquecida no dia-a-dia. No entanto, um creme para cada situação específica do corpo é desnecessário.
Creio que, tantos anos depois, o melhor creme do mundo continua a ser o Nívea clássico. Só o cheirinho transporta-nos automaticamente para a infância, em que éramos besuntados de Nívea pela mamã, sobretudo em dias de praia.
Há quem tenha uma pele de cara incrível, cujo único segredo passa pela latinha azul. Talvez, quem viva muito ao ar livre, consiga usar este creme tão gorduroso na cara, mas nos dias que correm é cada vez menos adequado, pois as necessidades da pele são outras. É um creme, sobretudo, óptimo para os pés, deixando-os profundamente hidratados e macios.
Para o resto do corpo há sempre o par da latinha azul: a latinha branca do Nívea Soft. Igualmente rico, mas não gorduroso, (se o que as recentes pesquisas demonstraram for verdadeiro) é tão bom como qualquer outro creme específico de marca sofisticada e preço bastante mais elevado. Claro que a variedade de outros cremes é enorme, sendo os mesmos aliciantes através de embalagens cada vez mais apelativas e cheiros que abrangem todo o tipo de aromas.
Já na cara e olhos a história é outra. Aqui, está provado que para cada tipo de pele, ou para cada estado de pele: existe uma solução própria. Nem sempre é fácil de encontrar, especialmente porque a pele vai-se alterando e sofrendo mutações ao longo da época do ano e ao longo de cada ciclo de vida. Para além disso, está bastante exposta e é extremamente frágil, em particular na finíssima zona que rodeia os olhos.
O hidratante diário é – mesmo - fundamental: é a barreira que ajuda à protecção da pele. Há produtos de elevada qualidade a preços acessíveis, mas também há cremes com propriedades de substâncias raríssimas que o encarecem grandemente. O efectivo resultado das ditas substâncias há quem garanta que se vê e que é o melhor aliado para combater os factores externos inimigos da pele: como estilo de vida, alimentação ou stress.
Relativamente aos olhos a diferença entre usar um bom creme ou não é abismal. Um bom creme hidrata a pele deixando-a com uma enorme suavidade. Mal se começa a usar, sente-se a diferença de imediato e desse dia em diante dificilmente se consegue não aplicar o protector diário. Nota-se – nitidamente – o aspecto melhorado da pele naaquela que é a par da boca uma das zonas mais afectadas da cara pelo stress e a poluição.
Podia passar todo o dia a falar de cremes, cremes e mais cremes.
Mas com tanto creme, de facto, não há nada como a (milagrosa) latinha azul e o seu agradável aroma de infância.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Vamos fundar um país?

Vamos fundar um país!
Um país onde haja justiça.
Um país onde quem governa dê o exemplo.
Um país onde o bem comum seja mais importante do que o bem pessoal.
Um país onde vivamos todos juntos como irmãos e não como escravos e soberanos, nobres e vassalos.
Um país onde haja liberdade.
Um país com pessoas conscientes, onde a nossa própria liberdade termine onde começa a dos outros.
Um país onde todos sejemos activos e participemos nas decisões que a nós dizem respeito.
Um país onde o mérito de cada um conte mais do que quem conhecemos.
Um país onde o mais importante seja o civismo.
Um país onde haja respeito por todos, como se de nós próprios se tratassem.
Um país onde palavras como justiça, respeito, civismo não sejam apenas uma utopia.
Um país de que nos orgulhemos.
Um país onde acreditemos em algo mais do que cifrões.
Um país onde contribuamos de forma justa para o que – efectivamente - usufruímos.
Vamos?

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Maléna

Talvez o mais perfeito filme, a par de Cinema Paraíso (do mesmo realizador), sobre a idade da inocência, sobre a perda da inocência, sobre a visão ingénua que só a inocência nos dá. A idade em que um universo de descobertas se nos revela. A idade em que tudo é possível. A idade em que tudo é perfeito. A idade em que as ilusões são a nossa doce realidade. A idade em que a ilusão que criamos perdurará toda uma vida, na nossa memória, como a mais bela recordação.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O Poder da Música

A música é um elixir de alegria. Acho que é a única coisa no mundo que consegue - instantaneamente - que o nosso humor melhore – para além de nós próprios, claro.
A música pode curar. Pode transformar todos os momentos. Não é à toa, que a banda-sonora dum filme é algo único e marcante. Algo que nos apaixona e nos acompanha, muito depois de vermos o filme. As imagens ganham outra dimensão, quando acompanhadas duma melodia.Tal como um dia cinzento parece ganhar mais cor, quando escolhemos uma música à maneira.
O poder curativo da música é reconhecido em qualquer lugar, em qualquer cultura, em qualquer língua. A música é uma maneira do ser humano se expressar.
Pode ser uma forma de amar, pode ser uma forma de revolta. Pode ser a maneira de dizermos o que não se consegue fazer ouvir de outra forma.
A música é uma linguagem universal. É um poderoso manifesto.
A música, em todo o seu esplendor, é uma mensageira.
A melodia certa pode-nos transportar para um mundo de fantasias, desencadeando as mais variadas sensações.
O poder da música é infinito.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pensamento do Dia

As palavras são a mais poderosa das armas.

Poema 20

"Puedo escribir los versos más tristes esta noche.

Escribir, por ejemplo: «La noche está estrellada,
y tiritan, azules, los astros, a lo lejos».

El viento de la noche gira en el cielo y canta.

Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Yo la quise, y a veces ella también me quiso.

En las noches como ésta la tuve entre mis brazos.
La besé tantas veces bajo el cielo infinito.

Ella me quiso, a veces yo también la quería.
Cómo no haber amado sus grandes ojos fijos.

Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Pensar que no la tengo. Sentir que la he perdido.

Oír la noche inmensa, más inmensa sin ella.
Y el verso cae al alma como al pasto el rocío.

Qué importa que mi amor no pudiera guardarla.
La noche está estrellada y ella no está conmigo.

Eso es todo. A lo lejos alguien canta. A lo lejos.
Mi alma no se contenta con haberla perdido.

Como para acercarla mi mirada la busca.
Mi corazón la busca, y ella no está conmigo.

La misma noche que hace blanquear los mismos árboles.
Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos.

Ya no la quiero, es cierto, pero cuánto la quise.
Mi voz buscaba el viento para tocar su oído.

De otro. Será de otro. Como antes de mis besos.
Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos.

Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero.
Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido.

Porque en noches como ésta la tuve entre mis brazos,
Mi alma no se contenta con haberla perdido.

Aunque éste sea el último dolor que ella me causa,
y éstos sean los últimos versos que yo le escribo."


Pablo Neruda (1904 - 1973)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Cinema Paradiso

Melhores Amigos?

Queridos leitores:
Hoje, quero-vos falar duma situação para a qual não estaria, com perfeita sensibilização ou elucidação, sendo que foi alguém magnânime que me esclareceu e informou.
Os desgraçados animais de companhia (estou-me a referir sobretudo a cães e gatos) são profundamente maltratados no nosso país.
Ora, são pessoas que acham muito giro ter um cachorrinho para exibir, até descobrirem todos os cuidados e gastos que se deve ter com um animal de estimação. Ora, são as pessoas que querem e merecem ir de férias, mas não fica muito espaço para o bichano. Ora, são pessoas que, após a época de caça, já não precisam destes fieis companheiros, sendo mais fácil o seu abandono e, posterior, aquisição doutro exemplar, quando a época reabrir. Ora, são pessoas que, à semelhança duma das histórias do magnífico Amores Perros de Gonzalez Inarritu, usam os animais para fins ilícitos. E, não se iludam, raras vezes os adoptantes não parecem dignos de o ser. Pelo contrário, parecem a representação do lar ideal, sendo que muitos apenas os venderão à primeira oportunidade, para perpetuar esses jogos sangrentos e – absolutamente - vergonhosos.
Todas estas situações são - profundamente - lamentáveis.
A agravar tudo isto, se estes bichanos são apanhados por determinados canis, apenas lhes resta o cadafalso.
O cenário é negro, caros leitores, bastante negro.
No entanto, e felizmente, existem diversas associações de apoio a estes seres, que trabalham afincadamente, no sentido de lhes dar as melhores condições possíveis.
Ora, estamos em crise, pensarão vocês, e já é difícil tratarmos de nós, quanto mais dos outros. Porém, se não formos nós a defender quem não tem voz, nada mudará.
É nosso dever como seres humanos proteger todos os que não o podem fazer por si próprios. É nosso dever que a nossa presença e intervenção no mundo, não represente uma ameaça para quem não tem como se defender.
É imperativo que tratemos bem os seres que nos rodeiam.
É urgente que todos percebam que um animal dá bastante trabalho, exige bastantes cuidados e necessita de determinada assistência que poderá sair cara. E, é fundamental que todos os que desejem adoptar estes espécimes estejam perfeitamente conscientes desta realidade e todas as implicações inerentes. Os melhores conselheiros serão os heróis voluntários destas associações, que poderão fornecer toda a informação necessária, para o devido esclarecimento de todos.
Estas são também as pessoas mais indicadas para nos falaram das alegrias que os animais nos trazem e do quanto enriquecem a nossa vida.
É premente que nos portemos como seres que fazem parte do mundo e não como donos e soberanos do mundo e de tudo o que este contém.
É premente, acima de tudo, estarmos conscientes e sermos conscientes.

domingo, 17 de outubro de 2010

Ne Me Quitte Pas

Um dia destes, uma pessoa que me é muito querida, fez-me uma das perguntas, que já assombraram, cada um de nós, nalgum momento das nossas vidas: Como é que se esquece alguém? - Alguém que (supostamente) foi tão importante ou teve tanto impacto em nós?
Bom, gostava de ter – realmente, gostava – a resposta para essa pergunta.
Mas não tenho.
Acho que ninguém tem.
Não há curas milagrosas para este mal.
Uns dizem que é o tempo que tem a resposta, outros dizem que é um novo amor. Há quem diga que depende apenas de nós mesmos e a maneira como escolhemos ver.
Talvez seja uma mistura de tudo isto, uma espécie de salada de frutas, com um bocadinho de cada ingrediente.
Talvez seja preciso tempo para deixar lá atrás o que lá pertence. Talvez seja preciso disciplina para escolhermos viver - cada momento - com alegria. Talvez seja preciso força para aceitar que as coisas são como são. Talvez seja preciso coragem para viver um novo amor, com a inocência, e consequente entrega, com que se vive o primeiro. Talvez seja preciso fé, para acreditar que melhores dias virão, para acreditar que o dia em que conviveremos em harmonia com a realidade do que fomos e do que somos chegará, para acreditar que voltaremos a sentir aquilo que outrora sentimos e achamos que jamais passará por nós.
Talvez seja todo este conjunto. Ou talvez seja apenas algo inexplicável, que vem quando menos se espera, e não depende de nós.
Não sei!
Mas sei que na vida tudo passa: tudo!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A Importância Do Estilo

Nina Garcia é uma reputada Directora de Moda. Nascida na Colômbia em 1965 e formada em Moda pelas Universidades de Paris e Nova Iorque, já foi directora da Elle e é actualmente directora da Marie Claire americana. Reputada júri no programa Runaway Project, que lhe deu a notoriedade necessária para publicar e tornar sucessos quatro volumes: The Little Black Book of Style, The One Hundred, The Style Strategy e The Look Book.
Em cada um destes livros, Nina descreve as peças base intemporais que valorizam um guarda-roupa, indica as directrizes de como encontrar um estilo pessoal e salienta os pontos chave sobre como construir o look em cada ocasião.
Nos livros não transmite qualquer tipo de obrigatoriedade para com uma peça ou um estilo. Salienta a importância da moda e do estilo pessoal de cada mulher, como uma extensão de si própria. De facto, a roupa que vestimos, os sapatos que usamos, a maneira como tratamos o cabelo e a maquilhagem são a primeira evidência que transmitimos. Assim sendo, a maneira como nos apresentamos – mesmo que inconscientemente – nada mais é do que um reflexo de como nos vemos ou o modo como queremos que nos vejam. É a marca que transmitimos ao mundo - numa primeira abordagem.
Acima de tudo, Nina refere a importância de arriscar. Experimentar é a chave para se encontrar um estilo. Não há qualquer tipo de regras no que toca a este campo. As possibilidades são infinitas e tudo o que se queira experimentar é bem-vindo e poderá vir a tornar-se uma marca de estilo. Esta é talvez a única regra neste campo: não ter medo de arriscar e querer sempre experimentar algo novo.
Ao incentivar que as mulheres vão sempre mais além, Nina estimula que as mulheres se conheçam verdadeiramente a si próprias a todos os níveis. O autoconhecimento é imprescindível para valorizar o que se tem e saber o que se quer.
Parece simples, mas não é tarefa fácil. É um longo percurso, que talvez nunca tenha destino, pois na incessante busca é que está o desafio. Já dizia outra grande mulher: ““There are no homely women, only careless women.” “ Estee Lauder
Nina é uma inspiração, pois incentiva as mulheres a sentirem-se livres de agradarem acima de tudo a si próprias e terem sempre coragem de perseguir o seu próprio estilo. E partilhar com todas estes pequenos segredos é um must.
"I want to show as many as I can reach, not only how to be beautiful, but how to stay beautiful." Estee Lauder

Better Days

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Pensamento do Dia

Ver o mundo é renascer a cada olhar.

I Hate To Fly

Detesto voar. É incrível, visto que dantes eu adorava andar de avião.
Depois duma experiência menos boa, passei a desgostar e tenho vindo a abominar cada vez mais. (Mas acho que são só os aviões de grande porte. Continuo a sonhar com uma agradável viagem de avioneta sobre lindas paisagens…)
E os voos de longo curso são sempre tão cansativos. Pior do que um voo de longo curso, só mesmo um voo de longo curso nocturno, em que todos parecem dormir sossegadamente, excepto nós próprios. É tão maçador… é terrivelmente maçador e desesperante!
E, à noite, o próprio voo ou a estabilidade do avião parece pior. Sentem-se mais vibrações. Sente-se tudo… é péssimo!
Felizmente, graças às inovações tecnológicas, há aviões equipados com mini ecrãs tácteis que nos permitem escolher entre cerca de uma dúzia de filmes e, graças à mente criativa de alguns génios, há filmes que nos tiram do chão, (ou neste caso do ar), e uma pessoa - quase - que se esquece do sítio onde está, de tão embrenhada que se encontra na história – eventualmente só um ou outro abanão nos relembram do nosso famigerado medo.
Esta é uma das fobias mais comuns e aterradoras e só mesmo a vontade – a enorme vontade de ir visitar sítios novos - consegue derrotar (ou pelo menos refrear) este medo e fazer com que todos os temerosos consigam pôr os pés nas nuvens.
Voar supostamente seria – ou já foi – uma experiência alegre: entrar no avião, sentir as vibrações, a descolagem e a aterragem eram a melhor parte (como é que é possível???). Entrar num avião era como ir num carrocel… E, entretanto, assim do nada, o divertimento foi dando lugar ao nervosismo, que foi dando lugar a uma angústia quase incontrolável sempre que se põe os pés fora do chão.
Estranho! Estranho como algo que adorávamos pode passar dum momento para o outro – aparentemente sem razão – a ser algo que odiamos.
Bom, para vencer esta fobia, só mesmo a grande paixão por viajar e descobrir tudo o que este mundo tem para oferecer. E é tanto!

Be Unexpected

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

The Man In Black

A Cidade Que Nunca Dorme

Quem gostar de mil e uma possibilidades, mil e uma coisas para ver, mil e uma coisas para fazer… Quem gostar de prédios altíssimos – tão altos que as ruas se tornam sombrias e raramente se vê o Sol… Quem gostar de jardins enormes com inúmeros recantos, um pequeno paraíso dentro da cidade… Quem gostar de ruas e cafés com imenso significado, vistos em mil e um filmes… Quem gostar de sentir que está no centro do mundo… Quem gostar de apartamentos pequenos, cuja paisagem será sempre sobre as indiscretas janelas do prédio em frente ou sobre os telhados dos edifícios circundantes… Quem gostar de paisagens cinzentas… Quem gostar de metros em decadência empestados de sujidade onde habitam enormes e alegres ratazanas (só faltavam mesmo as tartarugas ninja aparacerem)… Quem gostar de se sentir completamente livre para ser ou parecer aquilo que realmente quer… Quem gostar de trânsito intenso e poluição constante… Quem gostar de descobrir um mundo novo ao virar de cada esquina… Quem gostar de estar rodeado dum consumismo desenfreado… Quem gostar de se sentir vivo num mundo cinematográfico…
Vai adorar a cidade onde tudo acontece. Já dizia Sinatra: “If you can make it there, you’ll make it anywhere.”
It’s up to you!