sexta-feira, 22 de julho de 2011

"Home Is Where The Heart Is"

Voltar é sempre estranho, conforme tentei descrever no post anterior.
Ao fim de quase uma semana, a pessoa começa a habituar-se a tudo o que é simultaneamente novo e familiar, o que nos dá a certeza absoluta de que o ser humano é uma espécie de hábitos e rotinas. Tudo é uma questão de habituação. E tudo são fases na vida, porque o mundo (e nós próprios com ele) estamos em constante mutação.
Todas essas fases são apenas estados pelos quais vamos passando e assim vivemos neste incessante ciclo a que se chama vida. A aceitação deste facto é o caminho para a paz interior.
Voltar a casa é um misto de sensações, é o fim dum ciclo, é um novo começo, é um momento de reflexão, onde nos debruçamos sobre a pessoa que éramos quando partimos e a pessoa que somos ao voltar. Essa reflexão é consequência do convívio com as pessoas, sobretudo numa experiência deste tipo em que voltamos a conviver com pessoas que nos eram ou que nos são tão próximas e que nos acompanham ou acompanharam à sua própria maneira ao longo dos meses de ausência.
É no convívio com os outros que encontramos uma parte de nós. E é no convívio connosco próprios que encontramos a outra.

2 comentários:

  1. Pra mim tu, és quase como uma consciência externa, que escreve exactamente aquilo que eu penso e muitas vezes não consigo traduzir em palavras.
    Fantástico isso ! ;)

    ResponderExcluir
  2. Obrigada! De facto é de uma enorme empatia :)

    ResponderExcluir