segunda-feira, 18 de abril de 2011

The Social Network

Não é segredo nenhum que David Fincher é um dos melhores realizadores actuais. Autor de obras-primas como Seven, The Game ou Fight Club, traz-nos desta vez uma película sobre um dos maiores acontecimentos dos últimos anos: The Facebook.
O fenómeno facebook foi um dos maiores de todos os tempos.
O filme acompanha o processo judicial que ocorreu entre as partes envolvidas na criação do site, bem como o processo de criação propriamente dito. Leva-nos a um universo de pessoas que embora pareça doutra galáxia, não está assim tão diferente de nós próprios como o veremos ao longo do filme.
Todos os ingredientes duma tragédia estão lá: rejeição, amor, necessidade de aceitação, amizade, admiração, traição, rivalidade, confrontação.
The Social Network mostra-nos que, não negando que o facebook ou qualquer outra rede social semelhante, possam ser úteis são também uma viciante espiral de bisbilhotice e ostentação, um mundo onde o virtual passa a ser tão ou mais importante do que o real, onde o virtual quase que define quem somos e se existimos ou não. Mostra-nos também que o fenómeno não poderia ter nascido de forma mais fútil e simultaneamente genial, com diversos interesses e interesseiros à mistura. Há que dar mérito aos que acreditaram na bomba muito antes de ela estourar e simultaneamente reconhecer a ausência de clareza e frontalidade que adornaram todo o nascimento desta rede social.
O ritmo do filme é adequado à história e as irónicas tiradas de humor são cortantes. Para além do brilhante casting e do impecável argumento, a selecção feita para a banda-sonora que acompanha as imagens é notória.
Mais uma película imperdível desse grande mestre do cinema, que nos questiona onde está a invisível fronteira entre quem realmente somos e quem aparentamos ser.

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