quinta-feira, 14 de abril de 2011

Diário de Bordo: A Minha Almofada

De todas os objectos que ficam para trás quando se viaja, aquele do qual mais se sente falta é a nossa almofada. Porque por muitas que nos passem pelas orelhas ou pela nuca ou pela cara, aquela é a nossa almofada. Aquela onde adormecemos tantas e tantas noites, onde acordámos babados tantos e tantos dias, onde repousámos apenas só mais um momento tantas e tantas manhãs. Conheço quem não deixe este precioso artigo para trás.
Talvez seja um exagero: não sei! Mas realmente quando se passa tanto tempo fora, a almofada é daquelas coisas que fazem falta.
As outras por muito boas que sejam, nunca são a nossa.
Acho que só nos apercebemos disso algum tempo depois quando o pescoço dói ou acordamos estremunhados a meio da noite mudando infinitamente de posição ou quando despertamos de manhã com aquela sensação de cansaço.
Tal como a rosa do “Principezinho” de Saint Exupery, aquela almofada é preciosa por ser a nossa, por ser aquela que tantas vezes regámos ou tratámos.
Porque ela é a minha almofada: a minha regeneradora almofada.

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