terça-feira, 20 de setembro de 2011

Midnight In Paris

Volta e meia Allen surpreende-nos com um filme duma categoria extraordinária.
À semelhança de Match Point, pode-se dizer que Midnight In Paris é um desses, que ao fugir ao habitual registo, se torna uma lufada de ar fresco.
A base Woodiana permanece, mas a magia da história transporta-nos para outra época, em que vamos descobrir um pouco mais sobre o amor, a vida, a arte e, no fundo, sobre nós próprios.
O filme vai sendo atravessado pelos mais lendários personagens (desde Hemingway a Dali), ao som da  magnífica música de Porter (com os espantosos You Do Something To Me ou Let’s Do It), no seio da encantadora Cidade Luz.
O imaginário é frequentemente povoado por outros locais e outros tempos, quando na verdade, o presente é ele próprio uma dádiva, se decidirmos olhar a chuva com a perseverança de quem ama.

Deveríamos considerar seriamente investir em Allen para filmar as nossas deliciosas cidades, de modo a eternizar Portugal e utilizar esta gigantesca máquina de marketing.

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