terça-feira, 30 de novembro de 2010

E se?

Na sequência dum interessante artigo publicado esta semana (sobre essa figura fascinante a quem possivelmente virei a dedicar várias linhas neste blog: Sá Carneiro) e o que teria acontecido se não tivesse acontecido o imprevisível, salienta-se que os imprevistos acompanham-nos e sucedem-se todos os dias a cada segundo da nossa vida.
A mudança é tão essencial como o ar que respiramos. Faz parte de nós e é nela e por ela que vamos evoluindo.
Ao início pode parecer assustador ir rumo ao desconhecido. É angustiante não saber o que nos espera num novo amanhecer. Mas a verdade é que no fundo não sabemos o que nos espera a cada novo dia. Apenas nos agarramos à ilusão do controlo que temos sobre a nossa vida. Controlo esse que não passa duma miragem.
Não há controlo, não há previsões. Tudo é incerto!
Não sabemos o que nos espera ao virar de cada esquina, mas refugiamo-nos nos caminhos tantas e tantas vezes percorridos por ser mais fácil ou mais seguro percorrer o que nos é familiar.
As dúvidas sucedem-se e as infinitas possibilidades açambarcam-nos a mente com os seus intermináveis “E se”? E se, e se, e se? Porquê que não podemos simplesmente aceitar as coisas como são com a sua total imprevisibilidade? Afinal, não é essa a melhor coisa da vida? Não é por isso que vale a pena estar vivo: por todas essas infinitas possibilidades?

Um comentário:

  1. O medo do desconhecido sempre vai existir, acho que não propriamente pelo desconhecido em si, mas pelo medo que temos de nossas reações perante ele: e como eu serei se fizer isso??, e como eu vou reagir??, e o que vou sentir se saltar?? Muitas vezes seguimos aquilo que nos é habitual pq assim conseguimos ter controle sobre nossos sentimentos, porque esses sim tranbordam quando estamos numa situação não habitual, e sabe lhe digo uma coisa, às vezes a viagem é tamanha e os sentimentos tão novos que pode se tornar uma viagem sem volta ;)! Surpreender-se é sempre a melhor escolha!

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