domingo, 17 de outubro de 2010

Ne Me Quitte Pas

Um dia destes, uma pessoa que me é muito querida, fez-me uma das perguntas, que já assombraram, cada um de nós, nalgum momento das nossas vidas: Como é que se esquece alguém? - Alguém que (supostamente) foi tão importante ou teve tanto impacto em nós?
Bom, gostava de ter – realmente, gostava – a resposta para essa pergunta.
Mas não tenho.
Acho que ninguém tem.
Não há curas milagrosas para este mal.
Uns dizem que é o tempo que tem a resposta, outros dizem que é um novo amor. Há quem diga que depende apenas de nós mesmos e a maneira como escolhemos ver.
Talvez seja uma mistura de tudo isto, uma espécie de salada de frutas, com um bocadinho de cada ingrediente.
Talvez seja preciso tempo para deixar lá atrás o que lá pertence. Talvez seja preciso disciplina para escolhermos viver - cada momento - com alegria. Talvez seja preciso força para aceitar que as coisas são como são. Talvez seja preciso coragem para viver um novo amor, com a inocência, e consequente entrega, com que se vive o primeiro. Talvez seja preciso fé, para acreditar que melhores dias virão, para acreditar que o dia em que conviveremos em harmonia com a realidade do que fomos e do que somos chegará, para acreditar que voltaremos a sentir aquilo que outrora sentimos e achamos que jamais passará por nós.
Talvez seja todo este conjunto. Ou talvez seja apenas algo inexplicável, que vem quando menos se espera, e não depende de nós.
Não sei!
Mas sei que na vida tudo passa: tudo!

Um comentário:

  1. O teu post hoje fez-me toda a diferença. Era tudo o que precisava de ler! Se bem que já tivemos esta conversa várias vezes...:) beijinho e obrigada*

    ResponderExcluir