quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Alimentação = Pele

Ora bom, e hoje tenho algo há muito tempo prometido a algumas pessoas…
Está mais que sabido e já muito tinta correu sobre a mítica: “Somos o que comemos.” E, de facto, os nossos órgãos respondem aos estímulos exteriores e ao combustível com que mantemos esta fascinante máquina. Se os órgãos funcionam melhor ou pior consoante o que ingerimos, o nosso maior órgão não é excepção, por isso hoje vou falar sobre: a pele!
O impacto que a alimentação tem na nossa pele é substancial. Por isso, com base no livro “Dieta para uma pele saudável” de Karen Fischer, vou deixar aqui algumas dicas de forma muito breve; existem oito passos fundamentais:

1 – Green is powerful! Comer bastantes vegetais, ou seja, ingerir bastantes alimentos de cor verde e quanto mais escuro for o verde melhor. (Sim, sim isso inclui os adoráveis bróculos.)
O corpo deverá ser abastecido, essencialmente, com alimentos alcalinos, como por exemplo: saladas, legumes, amêndoas, bananas ou limão.

2 – Água, água, água! Comer alimentos hidratantes. Se a maior parte do nosso corpo é constituído por água, a pele não é excepção. Deverão ser ingeridos todos os alimentos ricos em água. A autora salienta a importância do peixe na alimentação. O peixe trata-se dum dos alimentos mais completos e ricos, sendo que os seus benefícios vão bastante além duma pele saudável. A hidratação é imprescindível para o correcto funcionamento da pele.

3 – Comer menos! - Sim é caso para dizer que Brian Brown tinha mesmo razão no Cocktail quando afirma: “Coughlin’s law: less is more.” – Tendencialmente as pessoas ingerem mais do que necessitam. Isto sucede por diversas razões: comer depressa demais, comer muitas vezes fora (em que nos sentimos quase obrigados a ingerir toda a dose que nos servem), pratos demasiado grandes (sim, pratos grandes dão a sensação que estamos a comer muito pouco se não enchermos o prato) ou ficar muitas horas sem comer (quando o corpo volta a ser abastecido tem tendência demasiado para saciar a fome). É importante comer de forma racional. Seleccionar não só a qualidade dos alimentos, mas – e sobretudo – a quantidade que se ingere. A autora recomenda que metade do prata possua salada ou legumes e a outra metade seja dividida entre proteínas e hidratos de carbono.

4 – Dormir! (My favourite!) Não quer isto dizer dormir muito ou dormir pouco. As horas de sono dependem de pessoa para pessoa. Mas dormir bem é essencial para uma pele saudável. A pessoa deverá dormir o número de horas a seguir às quais se sente confortável ao acordar. O sono é importante porque enquanto dormimos libertamos hormonas que controlam algumas funções significativas e ajudam a regenerar a pele. E a alimentação é fundamental, porque poderá fazer a diferença entre uma noite bem dormida ou não e entre um adormecer rápido e sossegado ou intermináveis insónias. Para evitar insónias é sugerido que seja criado um ritual do sono - uma rotina que seja realizada diariamente instantes antes de ir dormir – e que se coma menos à noite, sendo evitados alimentos ou bebidas estimulantes.

5 – Exercício físico. Mexer o corpo é fundamental. O exercício físico é o melhor remédio contra todo o tipo de doenças. – “Mente sã em corpo são.” – É através duma actividade física que se consegue melhorar o humor, melhorar os músculos, melhorar a corrente sanguínea, melhorar a pele do corpo (Olá Celulite!) e transpirar. E é através da transpiração que se consegue uma pele melhor. O suor contém uma enzima que combate as bactérias e remove os micróbios prejudiciais da superfície da pele. O suor também ajuda a remover os resíduos do organismo, evitando a acumulação de substâncias tóxicas. E todos estes factores levam a uma pele mais saudável e mais bonita.

6 – Disciplina! Cuidar bem da pele diariamente. Como dizia (e bem) a minha Profe de Matemática do 12º ano: “A Matemática não entra pelos olhos, entra pelos dedos das mãos a fazer exercícios. Basta um por dia; mas tem de ser feito diariamente.” A pele é igual. É preciso cuidar dela. É muito mais fácil ir cuidando diariamente e garantir que se consegue manter a limpeza e beleza pretendida, do que tentar fazer uma limpeza profunda de longe a longe. Para além disso, tão importante como a assiduidade é a qualidade dos produtos que aplicamos na pele. É neste ponto sobre o qual a autora se foca. Essencialmente, é imprescindível percebermos que tipo de pele possuímos e criar rotinas para cuidar dela. Os produtos a aplicar deverão ser escolhidos com base nas características da pele e da qualidade dos compostos que constituem o produto.

7 – Fugir do sol. Sim, o sol é importante: é a vitamina D!! No entanto, em média, apenas 10 minutos por dia de exposição são suficientes para o corpo adquirir a quantidade necessária de vitamina. Portanto, o grande segredo para uma pele eterna é usar chapéu, usar protector solar, usar qualquer meio que nos proteja dos raios solares. De cada vez que apanhamos sol, a pele oxida tornando-se mais escura. É um meio de protecção da pele à exposição solar. De cada vez que este fenómeno ocorre, a pele vai perdendo flexibilidade e firmeza. Assim, a única forma de garantir a longevidade da pele é protegermo-nos convenientemente do sol.

8 – Relaxar. O stress é um dos maiores causadores de doenças de pele. Quando as pessoas relaxam, sentem-se melhor. Para além duma pele saudável, a relaxação promove uma digestão adequada, bons ciclos de sono, uma mente calma e uma tensão arterial mais baixa. Todos estes factores contribuem para uma pele luminosa. Relaxar com um dia a dia tão stressante nem sempre é fácil, pelo que cada um deverá procurar uma actividade que lhe dê prazer e satisfação e o faça relaxar e sentir-se preenchido, de modo a garantir que não será afectado negativamente pelo frenesim diário. A autora dedica também um capítulo à importância da respiração. Saber respirar ajuda a relaxar.

Para quem estiver interessado em explorar melhor o tema, recomendo vivamente a leitura do livro, no qual as oito sugestões são explicadas duma maneira mais profunda. Para além disso, o livro possui também listas e tabelas alimentares, bem como programas e dietas especializados, adequados a cada tipo de maleita dermatológica.

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