A leitura é um acto íntimo que se faz em solidão. Pode eventualmente ser partilhado, mas para mim a leitura é sempre algo muito pessoal. Embora a palavra escrita possa ser lida em voz alta, creio que as personagens ou o enredo como o idealizámos passa como um filme no palco da nossa mente. E, por essa razão, é sempre um acto solitário.
As palavras são a plataforma para transportar todo o rebuliço que aconteceu na nossa cabeça.
Escrever assemelha-se muito à leitura. É um acto muito privado. É a tentativa de transpor todas as ideias para o papel e expô-las ao mundo.
A literatura é a arte pela qual tenho mais carinho, uma vez que a podemos exercer em qualquer lugar. É como viajar sem sair do sítio. Um livro na nossa mão é como um passaporte para os locais mais exóticos, as situações mais rocambolescas ou as personagens mais estranhas. Entre a nossa mão e o nosso olhar é estimulada a imaginação que nos levará a um filme mental em que tudo pode acontecer.
É essa eterna e insaciável possibilidade de tudo que me atrai tanto na literatura. Os árabes dizem que “Um livro é como levar um jardim no bolso.” E de facto é. É até mais do que isso. É a possibilidade de criar um jardim à nossa volta em qualquer lugar. É a possibilidade da nossa própria mente se tornar um fértil jardim de todo o tipo de plantas.
Já não me lembro quando começou esta minha paixão interminável pela leitura, mas sei que desde então os livros se tornaram grandes amigos. Sempre presentes em qualquer altura ou circunstância. Sempre comigo em todos os momentos prontos para me distraírem e me levarem por uma viagem surpreendente a cada palavra. E a cada frase, a cada parágrafo, é como se entrasse num novo mundo. Um mundo onde não há limites para a imaginação.
O poder das palavras é inacreditável. As palavras são capazes de tudo. Daí o desmedido poder da escrita e da literatura.
As palavras são de extrema relevância na nossa vida.
É através delas que nos expressamos. É através delas que escutamos os outros e tentamos compreender aquilo que nos querem transmitir.
As palavras podem ser o nosso alento quando deixamos de acreditar. As palavras podem destruir num segundo algo que se construiu com cuidado e carinho durante tanto tempo. As palavras podem ser a maneira de nos redimirmos por actos insensatos.
Os grandes oradores perduram na nossa memória tanto pelos actos como pelas palavras que os acompanharam. Um discurso pode mudar o mundo. Pode dar esperança. Pode fazer renascer a fé.
As palavras conseguem com que as pessoas acreditem. Conseguem com que as pessoas se tornem melhores. Conseguem mudar os actos das pessoas.
A linguagem é um universo em si próprio e por cada idioma é como se um novo mundo de possibilidades se nos abrisse.
Concordo perfeitamente! E por falar isso, tenho que te pedir uns conselhos acerca de quais os livros de devo "devorar" estas férias..
ResponderExcluirBeijinho e um bom dia!