Ruído: demasiado ruído.
Cidade barulhenta. Barulhenta porque em época de campanha tudo parece um circo: um carro a passar, um café partidário ou gente nas ruas. Esperamos que a partir de 6 de Fevereiro possamos finalmente desfrutar dalgum silêncio - esse precioso e desvalorizado ser.
Cidade feia. Feia porque à falta de dinheiro não se acaba o que se começa. Edifícios inacabados povoam a paisagem. Ferros como que espetando o Céu e um cinzento a invadir os olhos onde quer que se passe.
Cidade suja. Suja porque há lixo espalhado pelas ruas, carros abandonados.
Cidade jovem. Jovem porque centenas de crianças enfeitam as ruas, dezenas de adolescentes percorrem as calçadas.
Cidade alegre. Alegre porque em cada rosto abre-se um sorriso, em cada esquina escuta-se uma melodia.
Cidade estranha. Estranha porque embora o Sol ainda estivesse escondido entre as nuvens está calor no pico do Inverno. Um calor invasivo que entra nos poros e percorre o sangue. Estranha porque a natureza entra em cada bocadinho de civilização. Não aqueles hectares tratados a que gostamos de chamar natureza, mas sim aquela, a selvagem que entra de rompante sem pedir licença, sem se acomodar aos bocadinhos reservados.
Cidade prometedora. Prometedora porque está cheia de gente jovem, alegre e com vontade de descobrir todo o mundo de oportunidades que esta terra oferece.
Nenhum comentário:
Postar um comentário