Das sensações que abraçam o viajante, antes do seu incessante movimento, podemos contabilizar a emocionante expectativa que se apodera de si, a excitação da aventura num novo mundo, a bicuda curiosidade pela descoberta e uma certa nostalgia antecipada de tudo o que fica para trás, aquilo a que se pode chamar um leve cheirinho do que virá a transformar-se em saudade.
Podemos também vislumbrar um certo medo pelo desconhecido e (aliado a isso) uma certa frustração por tudo o que se quer simultaneamente deixar e levar.
Por todas estas razões, a bagagem do viajante é pesada. Está carregada de elementos que fazem parte de si e que – quer queira ou não – irão consigo para o outro mundo.
Mas é justamente essa bagagem - intrínseca ao viajante - que fará com que cada passo dessa caminhada ganhe forma e o olhar em frente seja tão imprescindível como o ar que se respira.
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