Mas, de facto, esta nova saga de Batman veio finalmente fazer jus ao Super Herói. Batman Begins e em particular The Dark Knight conseguem mostrar um Batman tal como ele deveria ser. Um Bruce Wayne numa Gotham mais próxima da realidade graças a Christopher Nolan.
The Dark Knight mostra os vilões mais carismáticos de Batman, nomeadamente The Joker e Two Faces.
Joker é incansável. O olhar alucinado do protagonista e os trejeitos na excelente prestação de Ledger, elevam a personagem ao patamar dos vilões mais emblemáticos do cinema. Nem mesmo o trabalho de Nicholson no primeiro Batman de Burton consegue perdurar tanto na memória como este Why so serious?
No entanto, apesar de Joker ser o principal vilão, é Two Faces quem colmata todo o sentido do filme.
Os secundários Freeman e Caine são irrepreensíveis e temos finalmente uma protagonista feminina adequada ao desafio.
The Dark Knight é um filme sobre a crença de que no meio da corrupção podem haver valores que se elevam, mas que possuem uma fragilidade enorme pelo que facilmente podem ser ceifados. É um filme sobre a loucura e o que é verdadeiramente ser insano num mundo como este. É um filme que questiona o que é certo ou errado. É um filme em que o bem e o mal se fundem, impedindo a compartimentação de valores. É um filme sobre a inegável verdade de que we all need someone to look up to. É um filme sobre a esperança de que os nossos heróis sejam perfeitos e que essa perfeição não sofra mutações ao longo do tempo. É um filme sobre o herói que cada um de nós precisa para acreditar que amanhã será um dia melhor.
Em síntese, nas palavras de Harvey Dent: “ You either die a heroe. Or you live long enough to see yourself become the vilain.”

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