Qualquer pessoa que já tenha visto este filme, terá ficado marcada pelo original argumento com que somos presenteados.
Basicamente, a premissa do filme resume-se à capacidade de conseguirmos apagar do nosso cérebro memórias que nos incomodam. Esta ideia é altamente controversa e interessante.
Até que ponto conhecemos o cérebro humano para que consigamos alterar a sua composição no que às memórias diz respeito? Será que algum dia o conseguiremos fazer?
Até que ponto é positivo ou útil apagar memórias que fazem parte da pessoa que somos hoje?
Será que conseguiríamos criar uma sociedade melhor?
Questões deveras interessantes.
Interessante também é esta ideia de (nas palavras duma amiga minha) “ON/OFF”, como se tivéssemos um botão cerebral que poderemos desligar a qualquer momento, controlando as nossas próprias sensações, emoções, memórias e sentimentos. Quantos de nós já não desejámos conseguir controlar o que pensamos ou sentimos, como se de um gadget nos tratássemos? (Se estiver interessado em ler mais sobre os mecanismos do cérebro recomendo vivamente a leitura dos volumes do Professor António Damásio, nomeadamente O Sentimento de Si.)
Quanto a este filme, uma belíssima e interessante composição, com interpretações bastante sólidas dum vasto e talentoso leque de actores.
No outro lado da questão está esta empresa que ouvi falar hoje e que se encontra neste momento a admitir candidatos pioneiros que se queiram submeter a uma implantação de memória para a recordarem como se fosse a sua, tendo entre as opções, por exemplo, férias inesquecíveis na Tailãndia: http://www.revivelo.com/
ResponderExcluirNa minha opinião todas as memórias são importantes, porque fazem de nós o que nós somos, but that's just me :)